domingo, 27 de julho de 2008

AS FLORES DA MINHA CASA



Minha mãe, Dona Raimunda e Nívea, minha irmã.
São assim, lindas!

sábado, 26 de julho de 2008

Qual o pressuposto básico para ensinar?
Na minha opinião é acreditar que o outro é capaz de aprender.

Impossibilitado de trabalhar durante uma semana pedi para a turma de REGÊNCIA I aprontar duas peças, funcionando como um coral. Eles deveriam escolher quem regeria e qual seria o repertório. A turma escolheu "MEU NAMORADO", um arranjo elaborado coletivamente na disciplina HARMONIA I. Cantaram também "AS ANDORINHAS", um arranjo do estudante Marcelo Mateus para a música que João Ricardo (Secos e Molhados) escreveu sobre poema de Manoel Bandeira.

Eis, pois, o resultado de duas aulas de "aprendizagem colaborativa"

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Recomendação de Leitura


Naquela tarde decidir o que cada um vestiria foi custoso, uma vez que ninguém do grupo havia levado roupas mais formais e eu, por minha vez, havia perdido meu casaco preto, mais chique, num ônibus, alguns dias antes, em Nuβbaum na Alemanha. O Jeito foi ir “casual chique” e sem casaco, afinal a temperatura melhorara.
Do arsenal de Aurélio eu, no meu “casual chique”, havia sacado as botas marrons que combinavam com minha calça bege, mas, claro, não combinavam com o tamanho dos meus pés. Meus calcanhares doíam enquanto submergíamos no subsolo de Paris em busca do trem que nos levaria ao ponto máximo daquela parte da viagem: Place de l’Opéra

PARA SABER COMO ESTA HISTÓRIA SE ENROLA E DESENROLA VISITE: www.dizonline.com.br

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Paulo Abel


Eu tive a felicidade conhercer um gênio: PAULO ABEL DO NASCIMETO. Tive também a honra de escrever um breve perfil biográfico deste grande cantor.

CRONOLOGIA

1957 Nasce, no dia 13 de janeiro, PAULO ABEL DO NASCIMENTO. Filho de Dona Raimunda Martins do Nascimento e do Senhor João Batista do Nascimento.

1969 Com 12 anos de idade PAULO ABEL DO NASCIEMENTO é musicalmente iniciado pelo Filósofo e Violonista João Lima. No mesmo ano trava o primeiro contato com o seu primeiro mentor Raimundo Nonato Ferreira Lima

1974 Com 17 anos de idade, Paulo Abel do Nascimento é admitido no Curso de Turismo da Escola Técnica Federal do Ceará.

1976 Contando com a apoio da Professora Laysce Bonfim Maciel PAULO ABEL DO NASCIMENTO reativa oficialmente o Coral da Escola Técnica Federal e, assim, inicia a sua vida como “músico profissional”. No mesmo ano conhece a musicóloga Cleofe Person de Matos que orienta a estudar no sul do país.

1978 Após incidente no Festival de Campos do Jordão do qual PAULO ABEL DO NASCIMENTO foi expulso, o cantor se transfere para Florença-Itália onde dá continuidade a seus estudos.

1981 Cantando na RTBF – Rádio e Televisão Franco-Belga, PAULO ABEL DO NASCIMENTO estréia profissionalmente na Europa.

1985 No palco do Teatro José de Alencar, aos 22 dias do mês de agosto, PAULO ABEL DO NASCIMENTO faz o seu primeiro recital em sua terra natal após os anos de estudo na Europa. No mesmo ano deu-se o início do Projeto Ópera, uma idéia do cantor apoiada fortemente pela Universidade Federal do Ceará.

1986 Cantando no Lake Placid Center Of Arts, PAULO ABEL DO NASCIMENTO faz a sua estreia nos estados Unidos da América no dia 22 de agosto. Aparece como destaque na capa da revista Musique & Concerts.

1987 PAULO ABEL DO NASCIMENTO abre, em Paris, o Ano Internacional Villa-Lobos. No Brasil, antes de vir a Fortaleza, canta na Sala Martins Pena e no Memorial JK em Brasília. Rege no Centro de Convenções de Fortaleza a apresentação da Cena 4 da obra operística “Moacir das Sete Mortes ou a Vida Desinfeliz de um Cabra da Peste”.

1988 Em Hollywood – USA, PAULO ABEL DO NASCIMENTO participa do filme Ligações Perigosas. No mesmo ano, após lançar na França o seu primeiro CD com cantatas e sonatas de Alessandro e Domenico Sacarlatti, o cantor se apresenta como convidado de honra no festival de Campo do Jordão.

1990 Após dois anos de intensa preparação, PAULO ABEL DO NASCIMENTO grava, na França, o CD com canções populares do Brasil juntamente com o pianista Claude Fondraz. No mesmo ano falece Dona Raimunda Martins do Nascimento, mãe do cantor e, com a morte de sua genitora, este entra em estado de profunda depressão.

1991 Canta na reinauguração do Teatro José de Alencar, com o Coral do Povo e alguns “coralistas avulsos” de outros corais, o Magnificat Aleluia de Heitor Villa-Lobos.

1992 Aos trinta e cinco anos de idade PAULO ABEL DO NASCIMENTO morre em Paris, vítima de complicações respiratórias causadas pelo HIV.



quarta-feira, 23 de julho de 2008

DE MANHÃ BEM CEDO

Hoje acordei lembrando de algumas coisas que escrevi (músicas), sobre poemas de Lira Neto.
Resolvi então postar um pequeno trecho de uma grande partitura ainda inédita. Ao relembrar a melodia lembrei-me da voz de André Vidal: boa forma de inicar o dia.

Lira Neto

Retrato

o anjo rebelde
em mim
enfrenta os trovões
feito um menino na chuva

terça-feira, 22 de julho de 2008

Dancing

You can dance, you can jive, having the time of your life
See that girl, watch that scene, dig in the dancing queen

Friday night and the lights are low
Looking out for the place to go
Where they play the right music, getting in the swing
You come in to look for a king
Anybody could be that guy
Night is young and the music’s high
With a bit of rock music, everything is fine
You’re in the mood for a dance
And when you get the chance...

You are the dancing queen, young and sweet, only seventeen
Dancing queen, feel the beat from the tambourine
You can dance, you can jive, having the time of your life
See that girl, watch that scene, dig in the dancing queen

You’re a teaser, you turn ’em on
Leave them burning and then you’re gone
Looking out for another, anyone will do
You’re in the mood for a dance
And when you get the chance...

You are the dancing queen, young and sweet, only seventeen
Dancing queen, feel the beat from the tambourine
You can dance, you can jive, having the time of your life
See that girl, watch that scene, dig in the dancing queen

segunda-feira, 21 de julho de 2008

La Question


je ne sais pas qui tu peux être
je ne sais pas qui tu espères
je cherche toujours à te connaître
et ton silence trouble mon silence
je ne sais pas d'où vient le mensonge
est-ce de ta voix qui se tait
les mondes où malgré moi je plonge
sont comme un tunnel qui m'effraie
de ta distance à la mienne
on se perd bien trop souvent
et chercher à te comprendre
c'est courir après le vent
je ne sais pas pourquoi je reste
dans une mer où je me noie
je ne sais pas pourquoi je reste
dans un air qui m'étouffera
tu es le sang de ma blessure
tu es le feu de ma brûlure
tu es ma question sans réponse
mon cri muet et mon silence

F. Hardy

domingo, 20 de julho de 2008

Que lindo


Tom, Helcine e Maite em Barcelona

sábado, 19 de julho de 2008

Fernando Pessoa

Segue o teu destino
Rega as tuas plantas
Ama as tuas rosas
O resto é a sombra
De árvores alheias

A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos
Só nós somos sempre
Iguais a nós próprios.

Suave é viver só
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses

Vê de longe a vida
Nunca a interrogues
A resposta está além dos deuses.

Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração
Os deuses são deuses
Porque não se pensam

(Ricardo Reis)

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Adélia Prado

Ensinamento


Minha mãe achava estudo
a coisa mais fina do mundo.
Não é.
A coisa mais fina do mundo é o sentimento.
Aquele dia de noite, o pai fazendo serão,
ela falou comigo:
"Coitado, até essa hora no serviço pesado".
Arrumou pão e café , deixou tacho no fogo com água quente.
Não me falou em amor.
Essa palavra de luxo.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Ela

Em 1979, Elis Regina apresentou-se no Festival de jazz de Montreux...

terça-feira, 15 de julho de 2008

Aniversário



Fernando Pessoa
(Álvaro de Campos)

[473]

No TEMPO em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.

No TEMPO em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.

Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,
O que fui de coração e parentesco.
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distância!...
(Nem o acho...)
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!

O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas
lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!

Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos,
O aparador com muitas coisas — doces, frutas o resto na sombra debaixo do alçado —,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa,
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...

Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...

O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...





segunda-feira, 14 de julho de 2008

Brevidade



"Há um canto de encanto na condição de ser breve.
Não é preciso muito para ser muito." (Diogo Fontenele)

domingo, 13 de julho de 2008

Fátima Guedes

Por você eu raspo pernas, raspo braços, passo perfume de alfazema, batom suave, oferenda dos meus lábios um rito, um sensual poema.
No poema eu ando nua toda rósea toda etérea, toda sua. Você pensa que eu sou fácil muito intensa, muito dócil, muito grácil.

sábado, 12 de julho de 2008

Clarice Lispector

"MINHA FORÇA ESTÁ NA SOLIDÃO. NÃO TENHO MEDO NEM DE CHUVAS TEMPESTIVAS NEM DE GRANDES VENTANIAS SOLTAS, POIS EU TAMBÉM SOU O ESCURO DA NOITE". Clarice Lispector

Beatriz - Mônica Salmaso

E se os pagantes exigirem bis?

sexta-feira, 11 de julho de 2008


ELVIS DE AZEVEDO MATOS:

Nasceu em Fortaleza em 1966. Foi alfabetizado pela Professora Darcy e por seus pais que sempre o incentivaram a ir para a escola, principalmente em dias chuvosos quando o infante teimava para não acordar. Durante os anos 1970 foi aluno das escolas públicas Hermino Barroso e Joaquim Nogueira onde, em 1984, concluiu o Ensino Médio como Técnico em Contabilidade.

De 1981 a 1984 o autor deste livro vagou pelas ruas de Fortaleza trabalhando como office-boy da Caixa Econômica Federal. Em 1983 conheceu o Coral da UFC, grupo do qual tornou-se integrante no ano seguinte. No Coral da UFC Elvis Matos foi aluno de Izaíra Silvino e Leilah Carvalho Costa. Ali também teve oportunidade de estudar com Ana Maria Militão Porto e Tarcísio José de Lima.

Iniciou sua “vida acadêmica oficial” na Universidade Estadual do Ceará como aluno do Curso de Licenciatura em Música. Formou-se em 1992 juntamente com mais três colegas que formaram a turma Paulo Abel do Nascimento.

Ingressou como professor na Universidade Federal do Ceará em 1994 após concurso público para o setor de estudos “música e ritmo” do Curso de Arte Dramática. Como professor da carreira de Primeiro e Segundo Graus apresentou o projeto criação do Curso de Extensão em Música da UFC, do qual foi o primeiro coordenador.

Em 1996, após novo concurso público, transferiu-se para a Faculdade de Educação da UFC para trabalhar na área de Arte-Educação. No novo ambiente de trabalho teve a oportunidade de cursar o mestrado e o doutorado em educação orientado pelo Professor Luiz Botelho de Albuquerque (mestrado) e Ana Maria Iorio Dias (doutorado).

Como professor da FACED-UFC coordenou a equipe que elaborou o projeto de criação do Curso de Educação Musical do qual é o coordenador. Colabora com o Professor Erwin Schrader na condução do Coral da UFC e desenvolve intenso trabalho como arranjador e compositor de peças para grupos vocais e instrumentais.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Meu Livro


Uma intervenção acadêmica luminosa e denunciante, alumiando sua trajetória individual (vida, música e história coletiva) que ilumina uma experiência de educação musical – meta curricular – acontecida entre sonhos, competência acadêmica, e muita paixão, na Universidade Federal do Ceará.

Uma tese de doutorado, orientada pela Dra. Ana Maria Iorio Dias.

Uma tesuda narrativa. Auto história: história viva de um Projeto pedagógico musical ousado, efetivo.

Narrativa luminosa e denunciante, de ausências (de escolas de música, pública, gratuita, de qualidade, fruto de vontade político-acadêmica) e de presenças reais (de ações humanas-musicais). Um alumiário inventado.

Só lendo, para conhecer. Só conhecendo para crer como é possível, na academia, realizar uma leitura tão lúcida, de uma trajetória humana de musical formação.


IZAÍRA SILVINO

Matos, Elvis de Azevedo. um inventário luminoso ou um alumiário inventado: uma trajetória humana de musical formação. Fortaleza: DIZ Editor(A)cão. 2008. 256 p.


ONDE ENCONTRAR
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quarta-feira, 9 de julho de 2008

Clarice Lispector

"A galinha olha o horizonte como se da linha do horizonte é que tivesse vindo um ovo. Fora de ser um meio de transporte para o ovo, a galinha é tonta, desocupada e míope. Como poderia a galinha se entender, se ela é a contradição de um ovo?...E me faço rir no meu mistério. O meu mistério é que eu ser apenas um meio e não um fim tem me dado a mais maliciosa das liberdades. Não sou boba e aproveito, inclusive. Faço um mal aos outros que... francamente!"
O Ovo e a Galinha

terça-feira, 8 de julho de 2008

O Cara

David Daniels


segunda-feira, 7 de julho de 2008